Estudos de linguagem, ou "Wieheister" por Michal Rusinek.
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Estudos de linguagem, ou "Wieheister" por Michal Rusinek.

Michal Rusinek nunca deixa de me surpreender. Passando aos seus sucessivos livros para crianças, nos quais toca em várias questões relacionadas com a linguagem, não posso deixar de lado o enorme trabalho que teve de fazer para encontrar e estudar todas as palavras que discute e analisa a partir de diferentes pontos de vista. Além disso, é uma leitura muito boa!

Eva Sverzhevska

Maldições e regionalismos

No livro "Como jurar. guia infantil(Znak Publishing House, 2008) o autor muito espirituoso e interessante lidou com as maldições usadas pelas crianças, para todos - leitores mais novos e mais velhos. Primeiro, ele os coletou de leitores e, com base neles, criou um livro de referência poética.

Aquele que pega um livro chamado "De Mi'kmaq a Zazuli…(Editora Bezdroża, 2020). Michal Rusinek, com sua habitual curiosidade, mas ao mesmo tempo humor, observa vários regionalismos e tenta decifrá-los com a ajuda de pequenos poemas e descrições.

Retórica e história

Posição "O que você está falando?! Magia das palavras ou retórica para crianças", criado em colaboração com dr hab. Aneta Zalazinska, da Universidade Jaguelônica, ensina aos jovens leitores como convencer seus interlocutores ou como superar o medo do palco e o estresse de falar em público.

Em seu último livro,Wihajster, um guia para empréstimos“(publicado em Znak, 2020) o autor simplesmente bombardeia o leitor jovem (mas também significativamente mais velho) com exemplos de palavras que “pegamos” de outras línguas.

– Acho que não só as crianças devem saber de onde vêm as palavras que usamos. Sei disso por experiência própria, porque trabalhar em Wieheister me ensinou muito. Ao olhar para uma língua, obtemos uma imagem mais precisa de nossa cultura e da civilização que ela representa”, diz Michal Rusinek. – Olhando profundamente para a história das palavras, também olhamos para a história da Polônia, que já foi multinacional e multicultural. E ela teve diferentes contatos com outras culturas: ora militante, ora comercial, ora apenas de vizinhança, explica. – Também podemos tirar conclusões sobre de onde vieram a civilização, a cultura e a culinária. Este pode ser o início de uma conversa interessante.

Juntos como uma equipe

O Wieheister é um daqueles livros que mostra de relance que não só leva tempo para trabalhar nele, mas também exige muita pesquisa e até mesmo o envolvimento de outras pessoas especializadas no assunto em questão.

– Ao escrever este livro, perguntei ao Prof. Isabela Winiarska-Gorska, uma excelente historiadora da linguagem da Universidade de Varsóvia, conta ao autor. “A pedido meu, ela preparou slogans explicando a origem de palavras de vários círculos temáticos - aquelas que ainda estão presentes na linguagem e nomeiam objetos que as crianças modernas podem encontrar”, explica. - Conversamos muito sobre isso, o professor verificou a etimologia em várias fontes. O trabalho durou vários meses. Sem falar nas ilustrações. Minha irmã Joanna Rusinek teve uma tarefa adicional difícil: a camada humorística, tão importante nos livros infantis, está neste livro apenas em imagens. Porque o texto na verdade contém apenas slogans”, acrescenta Rusinek.

Senhas

Honestamente, aqui não concordo totalmente com o autor. Sim, as ilustrações desempenham um papel muito importante em Wieheister - são engraçadas, atraem e prendem a atenção, mas também há muito humor em breves descrições, na seleção de slogans e em vinculá-los a determinados departamentos. Porque onde na categoria “Mundo”: “Khusarz” e “Ulan”?

Tenho a impressão avassaladora de que os autores deste livro se divertiram muito selecionando e depois descrevendo os artigos individuais. Isso é sentido em todas as páginas, principalmente onde o autor não se limitou a uma breve explicação, mas se permitiu uma descrição um pouco mais ampla, como, por exemplo, no caso dos relógios:

Relógio - veio até nós da língua alemã, na qual o relógio de parede se chama Seiger; no passado, essa palavra era chamada de água ou ampulheta, ou ampulheta, do verbo sihen, que significa "drenar", "filtrar". No passado, os relógios eram feitos “ka[-kap”, depois “tic-tac”, e hoje são quase silenciosos.

– Minha palavra favorita hoje é wihajster. Gosto muito de palavras improvisadas que aparecem quando não sabemos ou esquecemos uma palavra, explica. Este é especial porque vem da pergunta alemã: “wie heiss er?” que significa “como se chama?”. Quando me perguntam o que é um wihaister, costumo responder que é um dink usado para marcar. Possivelmente um truque.

Tomou de nós

Michal Rusinek decidiu introduzir no polonês não apenas palavras emprestadas de línguas estrangeiras, mas também vice-versa - aquelas que vieram de nós para outras línguas. Como se viu, documentá-los corretamente provou ser uma tarefa assustadora.

“Eu queria muito que o livro incluísse palavras polonesas, ou seja, palavras polonesas emprestadas de outras línguas”, admite o autor. – Infelizmente, não são tantos e deu muito trabalho encontrá-los. E se forem, inicialmente não são poloneses (o polonês era apenas um transmissor para outras línguas), explica ele. Foi o que aconteceu, por exemplo, com o pepino, que foi emprestado das línguas germânica e escandinava, mas originalmente vem da língua grega (augoros significa verde, imaturo).

Todos os livros de Michal Rusinek, sejam eles sobre linguagem, dentre os quais eu gosto mais de Wieheister ultimamente, ou sobre outros tópicos, merecem atenção tanto dos mais velhos quanto dos mais jovens. A combinação de conhecimento, erudição e humor neles é realmente uma verdadeira arte, e o autor consegue sempre muito bem.

Foto da capa: Edita Dufay

E no dia 25 de outubro, no dia 15, você poderá conhecer Michal Rusinek online no perfil do AvtoTachkiu no Facebook. Link para o gráfico abaixo.

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