Os caras durões à beira do espaço
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Os caras durões à beira do espaço

De acordo com pesquisas feitas por microbiologistas da Universidade Americana de Maryland, entre outros, a estratosfera é habitada por extremófilos que podem resistir ao frio extremo e ao bombardeio ultravioleta e são a fronteira mais distante da vida terrestre. Os cientistas querem desenvolver um "Atlas de Micróbios Estratosféricos" que catalogaria os micróbios que vivem em grandes altitudes.

Estudos de microrganismos nas camadas superiores da atmosfera têm sido realizados desde a década de 30. Um de seus pioneiros era famoso Charles Lindbergque, junto com sua esposa, analisou amostras atmosféricas. Sua equipe encontrou neles, entre outros, esporos de fungos e grãos de pólen.

Na década de 70, estudos biológicos pioneiros da estratosfera foram realizados, especialmente na Europa e na União Soviética. A biologia atmosférica está atualmente sendo estudada, inclusive por meio de um projeto da NASA chamado Acima de (). Como os cientistas observam, as condições extremas na estratosfera da Terra são semelhantes às da atmosfera marciana, então o estudo da vida estratosférica pode ajudar a identificar vários "alienígenas" fora do nosso planeta.

- - disse ele em entrevista à "Astrobiology Magazine" Shiladitya Das Sarma, um microbiologista da Universidade de Maryland. -.

Infelizmente, não existem muitos programas de pesquisa dedicados a organismos vivos na atmosfera. Há problemas com isso, porque a concentração de microrganismos por unidade de volume é muito baixa lá. Em um ambiente severo, seco e frio, em condições de ar altamente rarefeito e radiação ultravioleta, os micróbios devem desenvolver estratégias de sobrevivência características dos extremófilos. Bactérias e fungos costumam morrer ali, mas alguns sobrevivem criando esporos que protegem o material genético.

— — DasSarma explica. -

As agências espaciais, incluindo a NASA, estão atualmente tomando cuidado para não expor outros mundos à microfauna terrestre, então precauções são tomadas antes de lançar qualquer coisa em órbita. Na maioria dos casos, é improvável que os micróbios sobrevivam ao bombardeio de raios cósmicos. Mas organismos estratosféricos mostram que alguns podem fazê-lo. Claro, é importante lembrar que a sobrevivência não é o mesmo que a vida florescer. O fato de um organismo sobreviver na atmosfera e, por exemplo, chegar a Marte não significa que ele possa se desenvolver e se multiplicar ali.

É realmente assim - esta pergunta pode ser respondida por estudos mais detalhados de organismos estratosféricos.

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