A dupla responsabilidade ainda é um problema
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A dupla responsabilidade ainda é um problema

A dupla responsabilidade ainda é um problema Entrevista com Alexandra Viktorova, Provedora de Seguros.

A dupla responsabilidade ainda é um problema

No relatório sobre as atividades do Comissário de Seguros para o primeiro semestre do ano, lemos que mais de 50 por cento das reclamações estão relacionadas com o seguro automóvel, a maioria dos quais estão relacionados com o seguro obrigatório de responsabilidade civil contra terceiros.

De quais desvantagens os motoristas se queixam?

– Em 2011, a Provedoria dos Seguros recebeu mais de 14 mil reclamações escritas em processos individuais na área dos seguros empresariais, sendo que no primeiro semestre deste ano foram 7443 XNUMX. Com efeito, mais de metade deles dizem respeito a seguros automóveis - sobretudo seguros obrigatórios de responsabilidade civil dos proprietários de veículos e seguros voluntários automóveis. seguro de automóvel.

As seguradoras costumam reclamar dos chamados. seguro de dupla responsabilidade, o pedido da seguradora para o pagamento dos prémios resultantes do recálculo, bem como os prémios vencidos, bem como problemas na obtenção do reembolso da parte não utilizada do prémio após a venda do veículo.

Por outro lado, os requerentes de indemnizações das seguradoras indicam nas suas reclamações recusa total ou parcial de indemnização, atraso no processo de liquidação, dificuldades de acesso a materiais de indemnização por danos, informação insuficiente sobre os documentos exigidos no âmbito do pedido liquidado , e fundamentação não confiável pelas seguradoras de suas posições tanto sobre a recusa quanto sobre o valor da indenização. Os problemas relatados dizem respeito, entre outros, à classificação não autorizada dos danos do veículo como total, mesmo que o custo dos reparos não ultrapasse seu valor de mercado, subestimação do valor do veículo no estado antes do dano e superestimação do custo dos acidentes , o montante da indemnização em caso de danos pessoais, o reembolso das despesas de aluguer do veículo de substituição, o direito da vítima de decidir sobre a escolha do tipo de peças utilizadas na reparação do veículo, a legitimidade da utilização de peças de desgaste pelas seguradoras, questões de indemnização por perda de valor comercial do veículo, obrigando à apresentação de faturas primárias que indiquem o tipo e fonte de aquisição das peças sobresselentes, taxas reduzidas para carroçaria e pintura, e excluindo IVA como parte da indemnização.

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 As companhias de seguros ainda estão usando substitutos baratos para compensar perdas. Como o secretário de imprensa vê isso?

– No caso de seguro de responsabilidade civil, a seguradora está sujeita à regra de indenização integral decorrente do Código Civil. Em regra, o lesado tem o direito de repor o bem danificado no seu estado anterior, ou seja, a reparação do automóvel deve ser efectuada de acordo com a tecnologia fornecida pelo seu fabricante, de forma a garantir a segurança e a qualidade adequada de sua operação posterior. Assim, deve ser sustentada a visão, dominante na jurisprudência dos tribunais de jurisdição geral, de que a parte lesada tem o direito de reclamar uma indemnização com base nos preços das peças originais do fabricante do veículo, se tais peças foram danificadas e isso é necessário. substituí-los. No entanto, o custo da reparação de um veículo não pode exceder o seu valor de mercado antes do dano, e tais reparações não devem resultar no enriquecimento da vítima.

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A questão de como determinar o montante da indemnização por danos a um veículo reclamado ao abrigo do seguro obrigatório de responsabilidade civil está também relacionada com a questão de saber se a seguradora pode reduzir os preços das peças sobresselentes utilizadas na reparação de um automóvel danificado. veículo devido à sua idade, o que na prática é chamado de depreciação. A Suprema Corte, em resposta ao meu pedido, decidiu neste caso em 12 de abril de 2012 (nº III ChZP 80/11) que a seguradora é obrigada, a pedido da vítima, a pagar uma indenização cobrindo o dano deliberado e economicamente custos justificados de peças e materiais novos para a reparação de um veículo avariado, e só se a seguradora provar que tal implicará um aumento do valor do veículo, a indemnização poderá ser reduzida no valor correspondente a esse aumento. Em apoio à decisão, o STF ressaltou que as disposições aplicáveis ​​não preveem a redução da indenização pela diferença entre o valor da peça nova e o valor da peça danificada. A parte lesada tem o direito de esperar receber da seguradora uma quantia que cubra o custo de novas peças, cuja instalação é necessária para restaurar o veículo ao estado em que se encontrava antes do dano ter sido causado.

É bastante comum as seguradoras reclamarem de ações desonestas em caso de perda total. As seguradoras pagam uma indemnização menos o custo de um carro seriamente danificado, um acidente. Você acha que as seguradoras deveriam pegar um carro “testado” e pagar a indenização integral? Há também problemas de segurança. Quase todos os veículos reconhecidos pelas seguradoras como completamente perdidos são devolvidos às estradas. Essas são práticas corretas?

– No que diz respeito ao seguro de responsabilidade civil, a perda total de um veículo ocorre quando este está danificado de tal forma que não pode ser reparado, ou o seu valor excede o valor do veículo antes da colisão. O valor da indenização é o valor correspondente à diferença do valor do carro antes e depois do sinistro. A seguradora é obrigada a determinar com segurança o valor da indenização e pagar o valor correspondente. Isso pode ou não ajudar a parte lesada a encontrar um comprador para seu carro. Mudar a lei para que a propriedade de um veículo sinistrado passe para a seguradora em virtude do próprio ato seria uma decisão errada, nem que seja pela interferência de longo alcance nos direitos de propriedade constitucionalmente protegidos, mas também pelas frequentes disputas sobre se assim a perda deverá ser qualificada como total, e às dúvidas dos lesados ​​quanto à veracidade das estimativas elaboradas pela seguradora.

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Vale lembrar que, de acordo com as normas vigentes, o proprietário do veículo, no qual foram reparados os elementos do transportador, freio ou sistema de direção, surgido em decorrência de sinistro coberto por contrato de seguro automóvel ou de terceiros seguro de responsabilidade civil, é obrigado a realizar um exame técnico adicional, seguido de informar sobre este fato a seguradora. A aplicação estrita desta disposição impediria o regresso às estradas dos veículos que sofreram um acidente, cujo mau estado técnico constitui uma ameaça para a segurança rodoviária.

O que procurar ao escolher uma oferta de seguro de responsabilidade civil para proprietários de veículos, os chamados. Seguro de responsabilidade civil automóvel?

– Os princípios de contratação do seguro obrigatório de responsabilidade civil dos proprietários de veículos automóveis e o âmbito deste seguro são regulados pela Lei dos Seguros Obrigatórios. Portanto, independentemente da seguradora que o proprietário do veículo escolher, ele receberá a mesma cobertura de seguro. Assim, parece que o único critério que diferencia a oferta das seguradoras individuais é o preço, ou seja, o tamanho do prêmio. No entanto, algumas seguradoras oferecem um valor adicional de proteção como bônus ao seguro obrigatório, como o seguro de assistência. Além disso, a prática de execução de contratos por seguradoras individuais pode diferir umas das outras, e um prêmio baixo, infelizmente, nem sempre é combinado com um serviço de alta qualidade. Relatórios periódicos que publico mostram que o número de reclamações apresentadas contra algumas seguradoras excede em muito sua participação no mercado. Estas queixas referem-se não só à subestimação dos danos por culpa da vítima, mas também a problemas com a rescisão do contrato ou disputas sobre o valor do prémio. Portanto, ao escolher uma seguradora, vale a pena considerar não apenas o preço do seguro, mas também a reputação da seguradora ou a opinião de conhecidos mais experientes a esse respeito.

Qual é o procedimento para registrar uma reclamação na ouvidoria de seguros?

– A ouvidoria de seguros representa os interesses dos tomadores de seguros, segurados, beneficiários ou beneficiários de contratos de seguro, membros de fundos de pensão, participantes de programas profissionais de previdência e pessoas que recebem pensões de capital ou seus beneficiários. Essas pessoas têm a oportunidade de entrar em contato comigo com uma reclamação sobre seu caso. Para intervenção, é necessário enviar reclamação por escrito à ouvidoria de seguros no endereço: r. Jerusalém 44, 00-024 Varsóvia. A reclamação deve incluir os seus dados, a entidade jurídica a que se refere o sinistro, o número do seguro ou da apólice e um resumo dos factos relevantes para o caso, bem como as reclamações contra a seguradora e os argumentos que fundamentam a sua posição. . Você também deve definir expectativas sobre como o caso será tratado, ou seja, se será uma intervenção nos negócios da seguradora ou apenas uma manifestação de posição sobre o caso. A reclamação deve ser acompanhada de fotocópia da correspondência com a seguradora e demais documentos pertinentes. Se o requerente estiver agindo em nome de outra pessoa, uma procuração que o autorize a representar essa pessoa também deve ser anexada.

A Ouvidoria também oferece informações e orientações gratuitas por telefone e por e-mail. Informações adicionais sobre este assunto podem ser encontradas no site www.rzu.gov.pl.

No ano passado, a pedido de um porta-voz, a Suprema Corte decidiu que um carro substituto fosse alugado para as vítimas. Qual é o resultado disso?

– Em decisão datada de 17 de novembro de 2011 (ref. No. III CHZP 05/11 – nota ed.), o Supremo Tribunal confirmou que, no seguro de responsabilidade civil, a responsabilidade da seguradora por danos ou destruição de um veículo a motor não utilizado para fins oficiais, cobre as despesas intencionais e economicamente justificadas com o aluguer de uma viatura de substituição, mas não dependente da incapacidade do sinistrado para utilizar os transportes públicos. Portanto, o objetivo de alugar um carro de reposição não é apenas para administrar um negócio, como as seguradoras afirmavam anteriormente, mas também para usá-lo nas atividades do dia-a-dia. O Tribunal também partilha da nossa opinião de que o reembolso do custo de substituição de um veículo não pode ser condicionado a que o lesado prove que não pode utilizar o transporte público ou que não se sente à vontade para o utilizar. Segundo o Supremo Tribunal, não se justifica a contratação de viatura de substituição se o lesado for proprietário de outra viatura gratuita e utilizável, ou não pretender utilizá-la alugando viatura de substituição, ou não a tiver utilizado durante o período de reparação. Vale lembrar também que o carro alugado deve ser da mesma classe do carro sinistrado, e as tarifas de aluguel devem corresponder às tarifas vigentes no mercado local.

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